Irã descarta indícios de crime em queda de helicóptero que matou presidente

Um relatório preliminar das Forças Armadas do Irã informou que nenhuma evidência de crime ou ataque foi encontrada até agora durante as investigações sobre o acidente de helicóptero que matou o presidente Ebrahim Raisi, segundo a mídia estatal.

Raisi, um linha-dura que era visto como potencial sucessor do líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, morreu quando seu helicóptero caiu em meio a tempo ruim nas montanhas perto da fronteira com o Azerbaijão no domingo (19).

“Sinais de tiros ou similares não foram observados nos destroços do helicóptero (que) caiu em uma área de alta altitude e explodiu em chamas”, disse o relatório emitido pelo Estado-Maior das Forças Armadas.

“Nada suspeito foi observado nas conversas da torre de controle com a tripulação do voo”, acrescentou. Mais detalhes serão divulgados à medida que a investigação avança, disse o relatório.

Raisi foi enterrado na cidade sagrada muçulmana xiita de Mashhad na quinta-feira, quatro dias após o acidente que também matou o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amirabdollahian, e outras seis pessoas.

Especialistas afirmam que o Irã tem um histórico ruim de segurança aérea, com repetidos acidentes, muitos deles envolvendo aeronaves construídas nos Estados Unidos e compradas antes da revolução islâmica de 1979.

Teerã afirma que as sanções dos EUA há muito tempo as impede de comprar novas aeronaves ou peças do Ocidente para atualizar suas frotas em mau estado.

O Irã proclamou cinco dias de luto para Raisi, que promulgou as políticas de Khamenei, reprimiu a dissidência pública e adotou uma linha dura em questões de política externa, incluindo negociações com Washington para retomar o pacto nuclear do Irã de 2015.

Uma eleição presidencial foi marcada para 28 de junho.

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