Fraude da Americanas: relatórios da PF mostram como era o esquema

Cerca de um ano e meio após a revelação de que a Lojas Americanas foi cenário da maior fraude contábil do mundo dos negócios no Brasil, o primeiro grande relatório sobre o que aconteceu na empresa foi revelado nos últimos dias. Em 190 páginas, o documento traz conversas em WhatsApp entre ex-diretores, planilhas de cálculos e depoimentos de ex-executivos que fizeram delação premiada.

A Justiça Federal do Rio pediu a abertura da Operação Disclosure na última quinta-feira, 27, e, ao fundamentar o pedido de busca e apreensão em 15 endereços, trouxe detalhes sobre como foi possível as manobras financeiras alcançarem o valor de R$ 25,3 bilhões na empresa e sobre como ex-executivos combinavam para melhorar os resultados reais das operações.

Quem foram os alvos da operação? E do que são acusados?

A Polícia Federal dissecou o que chamou de “hierarquia da fraude” na Americanas. Os dois alvos principais, o ex-CEO Miguel Gutierrez e a ex-diretora Anna Saicali, são apontados pelos investigadores como integrantes no primeiro e segundo escalões de ilícitos.

O dossiê de 190 páginas da Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros mostrou que a antiga diretoria da rede inflava resultados reais e lançava números fictícios no documento batizado de “a vida como ela é”.

O orçamento era uma meta a ser atingida e não refletia a realidade. Os ex-executivos da varejista são investigados por inflarem o resultado da companhia visando o recebimento de bônus pelas metas alcançadas. Gutierrez e Saicali negam ligação com fraudes. A reportagem buscou contato com a defesa dos outros investigados.

Fonte: Agência estado

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