*Voto útil e estratégico: Os poucos votos do PL devem ser direcionados para o União Brasil e o PSD*
_As eleições de 2024 se aproximam e com isso expressões como “voto útil e estratégico” voltam a circular entre os partidos e eleitores_
Nesse tipo de voto, o eleitor deixa de apostar no candidato com quem tem mais afinidade para escolher aqueles que tem maiores chances de vencer. Existe uma rejeição grande contra o PL em Ilhéus e, dificilmente de forma integral os eleitores migrarão para o União Brasil. O próprio posicionamento “em cima do muro” de ACM Neto e do seu apadrinhado Valderico Junior em relação ao Bolsonarismo retrata a situação. NETO nunca se intitulou bolsonarista e isso vai pesar. Talvez nos próximos dias tente de forma hipócrita alegar que trabalhou e apostou no 22, em 2022. O povo não é bobo!
Essa estratégia patrocinada pelo PL local/Bahia e o próprio UB na tentativa de beneficiar o candidato do 44 Ilheense (QUE AINDA NÃO ESTÁ BEM CLARO) será mais um tiro pela culatra como aconteceu com o PT esses dias, quando da sua perseguição (operação política) gerou mais força e revolta do povo ilheense, mostrando o potencial do 55 e a liderança inconteste do seu maior líder regional, Mário Alexandre. Bento vem crescendo de forma espetacular na reta final! Um grande exemplo foi a caminhada monstruosa desta ultima sexta-feira, 27, no Alto da Conquista.
Quais são os tipos de voto?
O voto é a declaração oficial das preferências do eleitor. Ao longo da história, alguns tipos foram sendo identificados, tendo como critério de diferenciação os mecanismos que estão por trás dessa escolha.
1- Ideológico: quando a escolha é baseada puramente nas propostas e na capacidade técnica do candidato.
2- De exclusão: muito frequente no segundo turno de eleições majoritárias. É o momento em que o eleitor analisa o candidato que considera “menos pior”, decidindo seu voto devido à rejeição à outra alternativa.
3- Estratégico: acontece quando o eleitor não pensa apenas em sua preferência, mas na eleição como um todo, considerando que é mais interessante impedir a eleição de determinado candidato do que eleger o seu preferido. Nessa análise, são observadas as pesquisas de consumo interno, a viabilidade eleitoral, as propostas e outros fatores.
Um exemplo seria, no primeiro turno, o eleitor que prefere o líder nas pesquisas, ao ficar ciente de que seu candidato possuiria mais chances de vencer o segundo turno caso enfrentasse o terceiro colocado e não o segundo, decidir votar nesse terceiro e não em seu preferido. Ao fazer isso, ele estaria vislumbrando maior probabilidade de vitória de seu candidato favorito e buscando impedir que o segundo colocado fosse eleito.
4- Cabresto é o voto compulsório, comum em comunidades carentes e típico da república velha. Baseia-se em uma relação de poder em que os mais poderosos obrigam os eleitores a votarem em seus candidatos. É um comportamento ilegal que vai contra os ideais democráticos.
5- Útil: como apresentado anteriormente, o voto útil leva em consideração a viabilidade eleitoral do candidato, garantindo que o voto não será direcionado a um candidato que não tenha reais chances de vitória.
O voto útil é um instrumento legítimo da democracia, mas é necessário prestar atenção no momento em que ele entra em cena. Quando as alternativas se afunilam, é natural que entre opções que não nos satisfazem por completo, escolhamos a mais aceitável.
No entanto, a estratégia aplicada de maneira prematura acaba prejudicando o livre curso das propostas para o país. Se desde o início das campanhas se pensa no “voto útil”, muitas boas ideias acabam se perdendo pelo caminho e acabam não tendo a chance de se viabilizar eleitoralmente.
É preciso compreender, primeiro, para quem esse voto seria efetivamente útil e o que está direcionando as decisões. O voto é uma arma importantíssima no processo democrático e ter essa escolha influenciada pelas pesquisas eleitorais e pela pressão da polarização de maneira precoce pode acabar cegando o eleitor diante de todas as outras alternativas e possibilidades disponíveis.
A técnica é consolidar a imagem de que apenas ele seria capaz de derrotar Bolsonaro, conquistando aqueles que não desejam a reeleição do atual presidente e utilizando os brancos e nulos a seu favor.
Já para seu adversário, o voto útil é o contrário. Os números não estiveram favoráveis durante boa parte da campanha, então qualquer voto que ajude a existência de um segundo turno é importante.
Em um contexto fortemente polarizado, o voto vem sendo determinado pela rejeição e não pela proximidade com os candidatos. O voto útil se torna predominante, por conta do medo de não “desperdiçar” o voto, uma vez que o segundo turno entre os dois polos ficou consolidado na mentalidade dos eleitores.
Então, votar em candidatos que não têm chances de ganhar, mesmo que sejam mais agradáveis aos olhos do eleitor, passa a ser considerado ineficiente frente ao risco de eleição de alguém pior. Assim, os votos são redirecionados para quem possui mais chances de derrotar o outro.