Primeiro memorial de matriz africana do sul da Bahia passa por reformas em Ilhéus

O Memorial Unzó Tombenci Neto, inaugurado em 2006, é um espaço que reúne um acervo de fotografias, documentos e objetos com a história do Terreiro Matamba Tombenci Neto, centenário terreiro de candomblé Angola, fundado em 1885, no Alto da Conquista, em Ilhéus.
Fundado por Tiodolina Félix Rodrigues, a Nêngua de Inkice Iyá Tidú, hoje o templo religioso é dirigido por Mameto Mukalê (Ilza Rodrigues). Em mais de um século de existência, o espaço sagrado passou a ter uma relação importante com a comunidade à qual pertence e se tornou símbolo de resistência antirracista no sul da Bahia.
A primeira reforma do Memorial Unzó Tombenci Neto aconteceu há dez anos, em 2015, e foi viabilizada após mobilização virtual para arrecadação de fundos destinados ao custeio da obra. Desde então, sem reparos e manutenções adequadas, houve degradação da estrutura que abriga uma parte importante da história do povo ilheense.
Este ano, em parceria com estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Ilhéus, os gestores do espaço receberam um novo projeto arquitetônico e de restauração. Serão feitas melhorias internas e externas, com intervenções na estrutura da capela, pintura, iluminação e paisagismo.
As obras de reforma tiveram início em agosto e têm previsão de conclusão até dezembro de 2025. Em seguida, o local será reaberto à visitação pública, com visitas guiadas conduzidas por membros do Terreiro Matamba Tombenci Neto.
Este projeto foi contemplado nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura  Governo Federal.
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